24 junho 2011

Processo coletivo de uma fotonovela

Nesta postagem contaríamos como foi o processo e desenvolvimento da fotonovela feita pelo nosso grupo.


Bom, um grupo somente é grupo por ter membros e nada é feito somente por um ou dois. Precisamos de boa parte do grupo ou de todos.


Foi produzido pelo grupo todo o roteiro de como seria a fotonovela. Foram confeccionados os materiais para a gravação, como pode ser visto nas fotos.


Mas por ser um processo que demanda tempo, não é possível realizar em um único encontro e assim foi feito: marcamos um próximo encontro para tirarmos as fotos.

Tudo pronto, tudo combinado!


Na hora e dia marcado não foi possível fazer a gravação porque o grupo não estava completo ou parte dele não compareceu à gravação.


Tristeza, frustação foram os sentimentos de quem veio.


Um grupo divide alegrias e desilusões e, dessa vez ,não deu certo como desejávamos...


Mas somos persistentes e logo nesse espaço postaremos, sim, a fotonovela tão esperada.

Cris Mota

06 junho 2011

Produção coletiva de fotonovela - 31/05/11 a 20/6/11



Iniciamos o encontro com reflexões sobre possibilidades de criação de fotonovela na sala de aulapotencialização do uso da imagem fotográfica e necessidade de socialização das produções coletivas de comunicação, na perspectiva da Educomunicação.


Ficaram evidentes que esse tipo de produção se relaciona diretamente com alguns aspectos apontados nos PCN - Parâmetros Curriculares Nacionais, como, por exemplo:

Artes - Criar fotonovela exige que os alunos vivenciem, na prática, várias linguagens artísticas ao mesmo tempo.



A narrativa em imagem exige a criação de cenário, maquiagem, figurino...


Ao produzir as fotos, os estudantes vão pensar sobre a melhor posição para colocar a câmera e o melhor lugar para o câmera mostrar as cenas.


Vão também entender, com isso, como é importante, antes de fotografar pensar sobre o lugar de onde vem a luz.


Além disso tudo, eles vão se envolver com dramaturgia para a criação dos personagens. Que fisionomia, que gestos serão mais adequados para cada personagem?


Esses aspectos, por si só, já são suficientes para entender que artes na escola pode ir além de pintura de desenho pronto e, principalmente, que fotonovela pode ser um jeito criativo dos alunos experimentarem formas próprias de comunicação.

Geografia - Quando as crianças têm possibilidade de fotografar em diferentes lugares da escola, elas podem se apropriar do lugar onde vivem boa parte dos seus dias. 



Explorando a geografia física, elas vão poder, especialmente, conhecer as pessoas que habitam esses espaços ( o que fazem, como fazem, como se relacionam...)

História - Diferentemente da história oficial contada nos livros didáticos, que considera importantes apenas alguns fatos e algumas pessoas apresentadas como heróis ou mártires, a fotonovela permite aos alunos registrar em fotografia histórias cotidianas 
de pessoas comuns, em especial crianças, que nunca foram consideradas agentes sociais.

Língua Portuguesa - Quando as produções de fotonovela são, de fato, criadas pelas próprias crianças, é possível ver que os produtos se "encaixam" em determinado gênero textual. Haverá histórias do tipo ficção (nas quais a imaginação voa, sem limites, como acontece na literatura, por exemplo) ou do tipo informativo, em que o mais importante é narrar algo "de verdade", que acontece na realidade.


Além disso, fazendo fotonovela é possível as crianças aprenderem, sem ser de forma teórica, entre outras coisas, diferenças entre fala do narrador e dos personagens, tipos de linguagem cada personagem usa, tipos de balões mais adequados para cada parte da narrativa.



Matemática - É sempre muito difícil para o grupo decidir qual a melhor organização das sequências da narrativa; adequar o tempo cronológico da aula com a noção de tempo de cada um do grupo para realizar a atividade; aprender a ponderar, argumentar, eleger prioridades. Estes são alguns aspectos que mostram que a realização de uma fotonovela exige exercitar o racíocinio lógico, um dos maiores objetivos do ensino da matemática.

...



Depois dessas pontuações da Grácia, vimos várias fotonovelas. 
"A loira do banheiro", produzida por alunas da faculdade, mostrou que esse tipo de produção coletiva, torna visível o enorme envolvimento e colaboração entre todos os participantes.

No próximo encontro faremos a nossa própria fotonovela a partir dessas reflexões e do que a Grácia trata sobre metodologia e postura do mediador (que nunca é neutra) em seu livro Educação pelos meios de comunicação.


Aguardem novas postagens...

Grande abraço!
Grácia Lopes Lima / Sheyla Melo.