28 março 2015

14 março 2015

Mais um ano bom começando...



[Dia 14 de março/2015]

Prof Marcos Ferreira Santos, do Lab_Arte, conhecendo bem de perto o que fazemos, desde 1996, diz, em Educomunicação e bandos de passarinhos (página 5):

- a “con-vivência” em pequenos grupos explicita a necessidade das relações mais fraternas e abertas, susceptíveis de serem discutidas a todo momento, lastreada por laços afetuais e de amizade que se perderiam num contexto muito mais numeroso, estruturadas pelo diálogo contínuo tanto na gestação das ideias, como na produção coletiva, como na análise dos processos e dos resultados.


- “Não se trata de uma questão técnica e midiática; antes é uma questão política”. Precisamente em função deste compromisso, esta forma de educomunicação não se pode reproduzir em escalas maiores, massificando seus procedimentos e transformando sua riqueza processual em dados estatísticos, como querem os burocráticos dirigentes de macrossistemas, em geral, cedendo às determinações do Banco Mundial em suas concepções econômicas de educação.
- ...esse tatear experimental é condição insuperável para humanizar as práticas. Assim como condição básica para reconduzir o “erro” à sua dimensão de momento epistemológico (como diria nosso outro mestre, Paulo Freire), e fazer, como Mário Kaplun, a aposta utópica na construção de uma América Latina outra centrada na formação das pessoas através dos meios de comunicação.
- Educomunicação: área de conhecimento e de ação social que conjuga o potencial comunicativo das práticas educativas com a dimensão educativa que a comunicação possui, resultando em intervenções coletivas pautadas pela leitura e produção de comunicação de maneira crítica, reflexiva e, ao mesmo tempo, solidária, se constituindo, portanto, num campo de entrecruzamento de saberes e de ações visando a transformação social a partir daquilo que é possível: as pessoas à nossa volta
-  ...a sua grande contribuição é nos ajudar a pensar a educação pelos meios de comunicação numa perspectiva coletiva, não através da postulação hipotética de algum modelo racionalizado, mas como decorrência deste “tatear experimental”. Ou seja, da vivência e da convivência que emanam da trajetória do projeto, pois acreditamos que somente a experiência é que matricia o conhecimento significativo e nos abre à importante dimensão do Outro, no mundo concreto em que estamos todos situados.


* * * * * *  aqui está a gravação do programa de rádio do grupo, realizada no dia 14 de março, sobre o tema CONVIVÊNCIA.